quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Itália: "The land of the free and the home of the brave"! - Eataly, New York


Você não precisa estar em Little Italy para que o tema de "O Poderoso Chefão" lhe venha à cabeça em alguma esquina da Big Apple. A vista do Empire State, por outro lado, parece eternamente embalada pela voz de Frank Sinatra. Reconhece o sotaque deste post? Claro! Nada mais ítalo-americano que Nova Iorque!


Entre 1880 e 1914, um grande surto migratório levou à cidade e seus arredores mais de 4 milhões de italianos. A maior parte vinha da Sicília, região extremamente empobrecida especialmente após a unificação do país. Além disso, no início do séc.XX, vários desastres naturais assolaram a Itália: o monte Vesúvio entrou em erupção e queimou uma cidade próxima a Nápoles; em seguida, o Monte Etna; um terremoto e maremoto no estreito de Messina, entre a Sicília e a costa, mataram mais de 100.000 pessoas somente em Messina.

Essa horda de imigrantes, impressa no DNA de Manhattan, se expressa através de seus descendentes que vestem, cantam, comem e “parlam” italiano como ninguém. Não é de se estranhar, portanto, que a cozinha de preferência gire em torno das pizzas, risottos e massas.

O encantamento persiste. Entre 2009 e 2010, algumas das casas mais badaladas da ilha têm como especialidade a cozinha italiana, como é o caso do Marea, Locanda Verde, Maialino, Pulino´s  e Osteria Morini, para citar apenas alguns. Mas nada se compara à antecipação e ao sucesso do grande empório gastronômico intitulado EATALY.


Para bom comedor, 5.000m2 bastam!

O enorme complexo idealizado por Mario Batali, o chef ítalo-americano mais popular do país, juntamente com Joseph e Lidia Bastianich, é um parque de diversões gastronômico com todo tipo de solução possível.

A grande praça de alimentação, no centro do complexo EATALY.

Há uma espécie de praça de alimentação central, dividida em várias especialidades: “Il Pesce”, “Le Verdure”, “La Pasta”, e por aí vamos.


Carpaccio di MANZO, que batiza um dos
restaurantes da casa. Não podia faltar.
Se você está apenas de passagem, uma refeição em qualquer uma das áreas do imenso galpão é sucesso garantido. 

Pasta!!
É possível provar alguns dos queijos em mesinhas próximas ao balcão.
Le Verdure!
O balcão de frios, queijos e copos de vinho. Gastronomia sem formalidades.
Seção de cervejas italianas. Caprichada.
E tem móveis de design italiano, claro!
Balcão de azeites. Podia explorá-lo por uma semana.
Dentre os restaurantes, há um de carnes, o MANZO, com cozinha e carta dedicadas ao Piemonte e ambiente mais resguardado que os demais. É o único no EATALY que aceita reservas.

Pedi uma salada de beterrabas e avelãs, ricota defumada, semente de papoula, folhas de rúcula e swiss chard que estava realmente deliciosa.

Um delicioso Barolo Lazzarito 95. Recomendação do sommelier.

Completei a festa com galinha d´Angola com trufas negras e couve-de-bruxelas.



Se uma viagem pela Itália lhe parece indigesta já que o euro lhe tira o apetite, capriche no sotaque americano e peça um “tagliolineey” ao não tão picante sabor do dólar.

Um comentário:

  1. Eu achei otimo que nao existe similar em Washington, senao eu ia a falencia... voltei cheio de sacolas do eataly...

    ResponderExcluir