É sempre bom revisitar um clássico. Sempre? Na verdade, não. Apenas quando a realidade não trai a memória da boa comida e serviço experimentados. Minha volta ao Gramercy Tavern, um dos 10 preferidos pelo público nos últimos 10 anos foi assim: um agradável reencontro com o passado, agora com novos motivos para voltar.
O restaurante, que ostenta uma estrela do Michelin, é bastante sóbrio, mas a chamada “Taverna”, o salão da entrada, é uma ótima opção para o domingo. Mais informal sem perder a elegância, tem mesas redondas de madeira de frente para o bar.
As opções com carne de porco são a melhor pedida, como a fresca e deliciosa salada de folhas verdes, aipo e finas fatias de porchetta marinadas em vinagre de cidra. Deliciosa.
O sanduíche de “pulled pork” (porco desfiado) com um aromático molho de tomate e especiarias é de comer de joelhos. As almôndegas com queijo Fontina derretido, sobre um untuoso purê de batatas e molho feito com o caldo da carne também são uma ótima pedida para qualquer idade.
Os peixes não surpreenderam, mas também não decepcionaram. Comi um bom robalo com acelga, pignoles e cebola calabresa.
A carta de vinhos é uma das mais premiadas da cidade e as opções são intermináveis. Veja aqui.
Mas esqueça isso tudo. Eu poderia ter pulado o almoço e optado pelo programão que é comer um prato de queijos no local. Meu dever de casa era conhecer a fundo os produtores americanos.
Minha seleção: um queijo de cabra com cinzas da Pennsylvania (Ash Log); um Pearle, queijo de cabra e vaca de Lamoine (Maine); um Camembrie, queijo de vaca de Salisbury (Vermont), um Grayson, queijo cru de vaca, de casca lavada de Galax (Virginia); um Vermont Shepperd, queijo de ovelha cru de Putney (Vermont); um queijo de vaca cru de Landaff, (New Hampshire); um Cavemen Blue, queijo azul de Central Point (Oregon) .
Fiquei muito impressionada com a qualidade dos queijos. O leite “rico” americano faz maravilhas pelo sabor. Nossos preferidos foram o Grayson e o Pearle. Todos regados por um Porto Smith-Woodhouse 94, dica do sommelier.
Esse papo de rato me lembrou que a melhor casa de queijos de Nova Iorque é o Artisanal. Mas isso é outro post...
GRAMERCY TAVERN
http://www.gramercytavern.com/
42, East 20th street, entre Park Avenue e South Broadway
212 477.0777
quinta-feira, 29 de julho de 2010
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Cris, que saudade esse post me fez sentir. A carta de queijos do Gramercy é sensacional. os queijos foram o ponto alto de um almoço meu exatamente nesse salão da entrada, cheio de luz natural, num dia lindo de verão, e com aquelas flores incríveis espalhadas por todos os cantos... Jamais me esqueço desse dia.
ResponderExcluirQue bom, Constance! Sou louca por queijos! Tenho, com certeza, uma alma de rato. Mas há muito não provava os queijos americanos. Sempre achei que perdiam de longe em qualidade para os europeus. Fiquei muito feliz em ver que isso são águas passadas! Estou querendo encaixar uma volta ao Artisanal, mas sempre tenho uma pena danada porque o dever de casa é grande, minha wishlist é enoooorme e voltar num restaurante significa abrir mão de um novo. Oh, dúvida cruel...
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